Na Índia, o elefante é um animal sagrado. Muitos deles vivem livres, mas muitos outros são criados em cativeiro. Quando bebê, o elefantinho é amarrado a uma árvore com uma corda forte. Ele tenta de todas as maneiras se livrar da corda, o que é muito natural pois os elefantes são animais para viverem livres. Mas como ele ainda não é tão forte para romper a corda, ele se acostuma a ficar preso e ao longo do tempo desiste de tentar escapar. Inconscientemente, o elefantinho assume que a corda sempre será mais forte do que ele.
O elefante bebê cresce, fica forte e gigantesco, mas nunca mais vai tentar se livrar da corda. Ele pode até ser amarrado a uma árvore pequena, com uma corda fina, porque ele não vai mais tentar sair. A ironia é que o elefante poderia facilmente libertar-se arrancando a árvore ou rompendo a corda, mas sua mente foi condicionada por suas experiências anteriores quando bebê e não faz mais a menor tentativa de se libertar. Ou seja, o gigantesco e poderoso animal limitou sua capacidade de seguir os seus instintos. Os elefantes dos circos passam pela mesma experiência, são domesticados dessa forma e muitas vezes vivem presos com uma simples e frágil corda amarrada em suas pernas.
Essa história é a metáfora do que acontece com as empresas quando resolvem abrir as redes sociais para os empregados. A maior parte das experiências mostra uma inibição inicial e um “vamos esperar para ver o que acontece” dos colaboradores, o que sugere uma espécie de escudo invisível que faz com que eles não participem e não se arrisquem a colaborar e a opinar. Isto acontece repetitivamente em empresas com cultura mais conservadora. Afinal, como fazer os empregados falarem abertamente se eles passaram anos sendo treinados para não falar?
A maioria das empresas sofre desta “síndrome”, quebrar esse paradigma é um processo lento, de aprendizado e de transformação cultural. Algumas empresas esperam uma transformação mágica e imediata, e muitas se frustam quando se deparam com essa barreira mental dos empregados.
Enfim, considere a “síndrome do elefante indiano” se estiver planejando projetos de mídias sociais para sua empresa. Libertar os seus empregados da cordinha não será tão fácil quanto você imagina.