Uma pesquisa da comScore, publicada em janeiro de 2011, apresentou resultados interessantes a respeito do uso do e-mail nos Estados Unidos.
Eis os principais “findings” da pesquisa:
1– O número de pessoas que acessam sites de webmail, como gmail e hotmail, está em declínio. A queda foi de 6% em comparação ao ano passado;
2- O tempo gasto nos sites de webmail caiu 9%, enquanto o total de page views caiu 15% de ano para ano;
3- O maior declínio ocorreu entre os jovens de 12 a 17 anos de idade. O número de visitantes deste segmento aos serviços de webmail caiu 24% comparado ao ano anterior;
4- Por outro lado, o uso do webmail aumentou em 15% entre as pessoas com idade de 55 a 64 anos;
5- O número de pessoas acessando webmail através de dispositivos móveis cresceu 36%;
6- A atividade de webmail continua sendo uma das mais populares da web, alcançando mais de 70% da população norte-americana;
7- Em novembro de 2010, 70 milhões de usuários móveis (que representam 30% de todos os assinantes de dispositivos móveis nos EUA) acessaram serviços de webmail através de seus dispositivos, o que representa 36% de aumento em relação ao ano anterior.
Tudo isso é muuuuito interessante. Apesar do número de e-mails estar decrescendo entre os jovens, isso não significa que a comunicação entre eles esteja diminuindo. Muito pelo contrário: a comunicação tem aumentado em função da enorme oferta de novas plataformas e meios de comunicação, especialmente os dispositivos móveis entre os jovens. Os adolescentes estão usando cada vez mais as redes sociais em detrimento do e-mail, privilegiando a comunicação instantânea, interativa, curta e objetiva.
Este pacote de tendências, com especial destaque para as redes sociais e mobilidade massiva, é um alerta para as empresas, que devem se preocupar em desenvolver uma comunicação mais alinhada com essa nova força de trabalho que chega às empresas.
Por fim, uma história pessoal. O estudo da comScore toca num tema que me incomoda profundamente. Confesso que e-mail é um fardo na minha vida. Recebo 200 (ou mais!!) por dia e não consigo dar conta deles, que parecem nascer feito gremlins. O mundo corporativo ainda não encontrou uma forma de gerenciar essa “dor constante” que afeta a maioria dos trabalhadores que lidam com seus computadores no ambiente do trabalho. O número de e-mails é crescente. Nove entre cada dez executivos sofrem com esse problema; o que sobra já desistiu (conheço executivos que me dizem que já desistiram de tentar controlar sua caixa de entrada).
Ao constatar que os jovens estão usando menos e-mails, a pesquisa da comScore traz um pouco mais de esperança para todos nós, do mundo corporativo, escravos da caixa de e-mails. Afinal, algo vai ter que mudar. A nova geração que chega no mercado de trabalho definitivamente não acredita no e-mail.
Acesse AQUI o release da comScore apresentando o estudo.